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as estrelinhas dessa travessia

  • Foto do escritor: Jessyka Karen
    Jessyka Karen
  • 7 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Eu lembro da sensação quando passei pela primeira vez nesse corredor. As árvores arqueando e cobrindo naturalmente tudo que passava ali embaixo, soavam quase como uma benção da natureza. A luz que aparecia ao fim do túnel iluminava ainda mais a esperança que eu cultivava em mim. Era muito simbólico. A gratidão ali era enorme. A primeira coisa que pensei foi “quero tirar uma foto aqui”.

Mas os caminhos que seguimos às vezes nos deixam mais longe do que imaginávamos. É esse o problema de seguir sem norte. Sem saber onde quer chegar. É esse o papel da bússola, do GPS, das estrelas… Orientar a viagem. Mas nenhum deles é útil se você não sabe qual o seu destino.

E descobrir o seu destino é a parte mais difícil da travessia… É estar no meio do processo. Você sabe que vai chegar em algum lugar e já saiu do ponto zero, mas está ali, no meio dessa viagem, buscando entender qual a melhor rota para lugar algum. E eu acho que a primeira vez que passei por ali estava tão encantada com a ideia de um destino perfeito, porém desconhecido, que me perdi no caminho. Fiz poesia antes de saber o deserto que enfrentaria.

Não me arrependo – ser eternamente grata pelas belezas e pelas oportunidades da minha vida é uma das características mais forte da minha personalidade. Sou de romantizar até as piores situações, buscando beleza e leveza em tudo que vivo.

Mas essa estrada, que me abraçou tão lindamente, também colocou em xeque tudo que eu achava que sabia sobre mim, e quando passei novamente por ali, me despedi de mais que uma viagem – me despedi da ideia de controle, de expectativas, e certezas antes tão certas, hoje me soam quase irônicas.

Aprendi importância de cuidar do seu guia. De ter um destino antes de iniciar a jornada.

Isso não evita o deserto ou a estrada esburacada, mas te prepara para passar por todo seu caminho com segurança. Te faz valorizar a companhia, a carona, a água fresca e principalmente, agradecer muito mais seu destino final.

E esse não é um texto de auto ajuda, viu? É sobre fé, sobre terapia e sobre aprendizagens.

A gente nunca sabe quando a vida aplica uma lição, mas devemos sempre nos atentar às aprendizagens. Eu, cansada de ler entrelinhas e tentar interpretar sinais, entendi que acontecem na hora certa. Elas sim são luz no fim do túnel. Aprendi, por exemplo, a ter esperança. O amanhã não é um problema meu. Tudo que eu tenho é o hoje, então hoje eu tô me preparando para aprender, para crescer, para ser melhor do que ontem e confiante de passar por qualquer deserto sem medo.

“No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve tormento; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor.”

Em tempos sombrios, enxergar a luz no fim do túnel exige fé, paciência e muito amor.

Cuidem de vocês. E cuidem dos seus amores.

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