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Toda meia tem par

  • Foto do escritor: Jessyka Karen
    Jessyka Karen
  • 10 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Eu queria fazer um reels bem lindo no Instagram, com todas as meias que eu tenho (e não são poucas) e por último colocar a foto da minha nova tatuagem.

Aí fiquei sem celular.

Depois, machuquei o pé e só de pensar em pular umas 100 vezes para conseguir fazer o vídeo, desmaio de dor.

Porém, não dá para deixar de mostrar essa arte da @marcelamaregatti que estreou minhas costas.


Eu sempre amei meias. São confortáveis, abraçam o pé, podem ser coloridas, sexies, meigas, ficarem escondidas ou a mostra, são úteis no frio e no calor... São especiais quando alguém as tira por você e incríveis ao serem achadas jogadas no outro dia. Pra mim é quase terapêutico montar os pares na hora de organizá-las. Tenho um saco de meias sem par e toda lavagem de roupas eu pego o saco e vejo se alguma se completa, mas assim como a vida, nem sempre o par aparece e ela volta pro saco das abandonadas. Aí, na emergência eu visto o que tem. Por isso na minha tatuagem as meias são diferentes, apesar de parecerem iguais. Uma preta e branca, que se completam. Tipo yin-yang mesmo. E a tatuagem fica nas costas para eu não precisar ficar olhando e lembrando que talvez o par da minha meia favorita nunca mais apareça, mas sim que ao olhar despretenciosamente, eu lembre que toda meia tem um par e o importante não é ser a meia que foi comprada junta no mesmo pacotinho - e sim, que ambas estejam dispostas a esquentar meus pés nos dias frios, amenizar o atrito nos dias de treino, que subam ao monte comigo no meu tênis duro de trilha e que ao saírem dos meus pés me tragam o prazer da liberdade de ser eu mesma, nua, com pés no chão e cabeça nas nuvens. Nos últimos 2 anos, eu usei mais meias que qualquer outra peça de roupa. Eu usei todas as minhas meias. E eu achei um lugar de conforto que eu já sabia que existia, mas não entendia que era só meu. Cada meiuquinha que eu vesti/ tirei sozinha e que me acompanhou o dia todo me serviu de lembrança: há cuidado em mim por mim e há cuidado em mim vindo de fora. Eu amo meias e se a pandemia se resumisse a uma roupa, eu diria MEIAS. Porque meias precisam de duas para serem inteiras, mas não precisam ser idênticas para serem úteis. Como diria O Teatro Mágico, opostos de distraem (e se perdem na máquina, embaixo da cama, no meio só sofá...), mas os dispostos... Se atraem e aceitam ser um, mesmo que sejam diferentes.





 
 
 

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