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12/04/2023

  • Foto do escritor: Jessyka Karen
    Jessyka Karen
  • 12 de abr.
  • 1 min de leitura

Hoje é só um dia comum.

Sem nenhum marco na minha agenda, sem nenhum aniversário para eu esquecer, sem nenhum compromisso inadiável e sem nenhum encontro que me cause borboletas no estômago.

Um dia 12 qualquer. De um abril qualquer.


Um dia que amanheceu, o despertador tocou e um gato pulou em mim, como todos os dias, comuns.


Com o grito preso, eu levanto. Como sempre.

Com o desejo ardente de viver, aceito acordar.

Com a coragem de um lobo, reajo.

Com o medo de uma menina, mas a confiança de uma filha, aceito a ordem do Pai.


Eu escolho viver mais um dia.

Eu escolho calar o grito que implode na minha cabeça e colocar para fora apenas aquilo que pela graça e de graça recebo: amor.


As dúvidas, permanentes, ecoam na mente.

Mas uma certeza sobressai. E dela quero viver.


Abro a janela, vejo o sol.

"Há tanta vida lá fora..."

E aqui dentro, segue queimando o desejo.

E eu caminho para entender, o desejo de quê?


Um dia comum.


(Eu sei a resposta. Eu só não quero falar)

 
 
 

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